play icon - Governo quer acabar com tributação sobre folha salarial Ouça este artigo

Gorverno Bolsonaro pretende acabar com tributação sobre folha, segundo secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, anunciou na última sexta-feira (29) que “está no forno” uma proposta de reforma tributária do governo.

Por meio de seu perfil no Twitter, o economista afirmou que o “ponto fundamental” do projeto será acabar com a tributação sobre a folha de salário. “Dezenas de milhões de desempregados terão mais oportunidades de emprego”, projetou.

Outra ideia do governo, segundo Cintra, é criar mecanismos para que a economia informal pague impostos. Segundo as contas do secretário, a base tributária poderá crescer 30% se houver arrecadação na informalidade e combate à sonegação. “Assim, quem paga impostos demais hoje, vai poder pagar menos”, escreveu Cintra.

O secretário é autor da ideia do imposto único, uma teoria econômica que prevê a substituição de todos os tributos declaratórios (como o Imposto de Renda) por apenas um.

Segundo a ideia de Cintra, a Receita cobraria uma alíquota de 5,62% sobre todas as transações bancárias (2,81% taxadas no débito e 2,81% no crédito).

Articulações

Na última semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), trataram da possibilidade da reforma tributaria tramitar no Congresso ainda no primeiro semestre, em paralelo à da Previdência.

Legislativo e Executivo articulam a criação de um grupo de trabalho para tratar do assunto.

O Congresso lançou, na semana passada, uma frente parlamentar da reforma tributária, que reúne 187 deputados e 39 senadores. O colegiado é coordenado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF). A ideia do parlamentar é que o Congresso debata o tema antes que o governo apresente uma proposta consolidada.

“O objetivo da frente é discutir primeiro com os parlamentares o que eles aceitariam. O que eles acreditam que é o melhor caminho para uma possível aprovação e, a partir daí, desse momento, termos um texto final para propor para o governo”, disse Miranda à Agência Câmara.

Fonte: Fenacon.org.br | 01/04/2019